quarta-feira, 18 de agosto de 2010

professor:ou você muda ou será ultrapassado pelo sistema.


Professor:uma categoria que vem sendo advertida quanto a sua concepção e quanto a sua atual postura. Se formos levar em conta os fatores tempo, modernidade e sujeitos iremos constatar que o tempo que ininterruptamente, avança sobre os sujeitos, os quais já vão sendo modificados, sócio cultural e historicamente, vem exercendo profundas transformações nas civilizações e, de crise em crise, a sociedade altera seus valores. Entramos na pós-modernidade e já não temos tanta convicção em afirmar que o professor deverá recuperar o prestígio, aquele que perdeu durante o processo de mudanças tecnológicas.


Não quero transformar as tecnologias em vilã. O fato é que as relações sociais e de trabalho também veem sendo substituídas, Já podemos constatar uma sociedade sem patrões, como também poderemos antever escolas sem professores, da mesma forma como existem famílias sem o comando dos pais. O aprendizado está em toda parte. Não querendo dispensar a figura do mestre, pois que observando escolas publicas no interior do Nordeste brasileiro , onde a carroça com o jumento ainda é o meio de transporte mais atual, pois dele necesitam para o transporte de mercadorias e para a locomoção a lugares difíceis,onde a tecnologa mais avaçada é, por incrível que pareça, a urna eletrônica e a TV em tempos de copa.Ai o professor é respeitdo é uma sumidade.

Em muitas escolas públicas os professores saem de férias durante o mês de janeiro e voltam às aulas estressados, pois sabem muito bem o que vem pela frente, sabem que vão encontrar: uma escola desestimulante e desassistida pelos governantes, onde só não falta giz e saliva, mas nos aspectos materiais e humanos... Encontramos um aluno que sofre a desigualdade social de forma acintosa, essa falta de entusiasmo justifica esse mal estar tanto do aluno quanto do professor, que por sua vez carrega o fardo da mau remuneração em ter que dar tudo de si para que a sociedade o reconheça e faça jus ao seu esforço “quase sobre-humano” em ter que conciliar todas as atribulações e mais uma, quando na verdade o que ele dá de si é uma parte tão ínfima que se fôssemos fazer uma analogia à expressão: “Já dei minha última aula graças a Deus”, não é justificada no dever cumprido, mas no conforto que dá em ficar dois dias longe daquele enfrentamento diário. Mas é inevitáel observar que no primeiro dia de aula já chegam procurando um calendário para ver o próximo feriado, chegam cansados e se arrastando, movidos pela idéia da próxima sexta-feira.

Hoje em pleno século XXI apresentamos um quadro bastante desolador, similar ao de Vida Maria, vídeo produzido por Marcio Ramos,(sic) que circula na internet e que retrata o nordestino na sua mais extrema miserabilidade, sem instrução, sem perspectivas, sem esperanças de vida melhor,com um processo alienatário bastante evidente na reprodução da pobreza, na imgens de quem considera e chamam santos sobre o único móvel existente: uma mesinha, numa pequena casa de taipa algo desolador configurando-se um quadro da mais profunda indiferença e abandono ao ser humano, por parte dos poderes cosntituidos. Da mesma forma quando vejo os professores motivados pela sextas-feiras, lembro do debate entre Paulo Freire e Ira Shor citado por Sergio Augusto Freire Souza no seu artigo “ Modernidade, pos modernidade e Educação: Como começar a segunda feira de manhã? perante os alunos... Alunos que veem dessa realidade...

No século XIX o uso do tablado atribuía ao professor uma imponência e o transformava num ser superior, carregando conhecimentos, cheio de intelectualidade, dotado de respeito e muitas vezes, de inveja, pois que ser professor até três quartos do século XX dava status de celebridade. Com o processo de "destradicionalização" {palavra usada por Levy, para designar derrubada paulatina dos paradigmas classistas, do século passado} o professor foi perdendo esse prestígio e foi arrastando para dentro da categoria profissionais despreparados para as exigências do mundo moderno ou seja despreparado para a multifuncionalidade e, sendo assim, os caminhos ficaram antagõnicos: de um lado o professor se preocupa em ensinar os conhecimentos que apredeu, de forma simplificada, na lousa; e do outro os alunos buscam em outros ambientes de aprendizagens os mesmos conhecimentos apreendidos de outro modo com um outro olhar: mais ludico, mais dinâmico, mais colorido, mais imagético, mais interessante que um professor ditando seu saber de costas para os alunos.

Os inventos ligados a comunicação: Telefone, Rádio Fotografia, Cinema, TV, Vídeo, computador e todos os meios de comunicação escrita, foram gradativamente redimensionando a imagem do professor, que em todas as fases da história teve uma perssona respeitada. Na atualidade assistimos a uma inversão de valores, onde o professor entra em confronto com alunos e aparece com braços e pernas quebrados, chicletes nos cabelos, olhos com hematomas, sequelas de socos dados pelos próprios alunos, ameaças por notas, dentre outras arbitrariedade; numa total falta de respeito ao ser humano e ao que o professor representa; isso so vem confirmar os rumores: de uma categoria que vem sendo substituída pela terceirização, quando não, por professores mal-formados.

Tudo isso repercute na formação das crianças e dos jovens que serão o futuro do País. A figura do professor em sala de aula é de uma importância socio-educacional desmesurável, pois ele não só medeia os conhecimentos como educa os alunos na sua integralidade: para a cidadania, para o bem e para o bom. E Isso tmbém não se pode preterir....

transdisciplinaridade

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imagem TransD

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